Tirando dúvidas
Gestão do projeto EJA-EPT fala sobre os cursos que poderão ser ofertados em Juiz de Fora
As tratativas para a formalização de parceria com a prefeitura de Juiz de Fora tiveram início em outubro de 2023. Na última reunião, online, entre a gestão do projeto e representantes do Poder Executivo, foram apresentadas as demandas profissionais do Município. Os cursos do EJA-EPT terão carga horária de 240 horas com início previsto para o segundo semestre deste ano.
De acordo com a gestora do EJA- EPT, Eliane Silva Ribeiro, os parceiros do projeto receberam uma lista com os possíveis cursos que poderiam ser ofertados. A escolha foi baseada no mapa de demandas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, utilizado na escolha dos cursos do programa Trilhas do Futuro. “A Secretaria de Estado da Educação sugeriu o uso de uma ferramenta que indicasse o motivo da escolha do curso, com critérios mais claros do que simplesmente, eu gostaria de trazer esse curso para essa escola, sem qualquer embasamento. As vezes, temos a ideia de que aquele curso terá uma boa aceitação, vai melhorar as condições de empregabilidade, mas os alunos não tem interesse”.
Segundo o Secretário de Desenvolvimento de Juiz de Fora, Ignácio Delgado, a cidade está com uma série de ações para aproveitamento de resíduos sólidos e construção de unidade de produção de energia a partir do lixo. “Hoje, Juiz de Fora é a 10ª cidade, no Brasil, mais eficiente na coleta de resíduo sólido e existem empresas, nesta área, a caminho da cidade. Consideramos que o curso de Agente de Gestão de Resíduos Sólidos será uma das demandas”.
Como Juiz de Fora possui 30 cervejarias, o secretário disse que o curso de Mecânico de Refrigeração também teria uma boa procura. Outro curso sugerido por Adriana de Freitas, da mesma secretaria, foi o de Operador de Tratamento de Efluentes. “Possui demanda, mas não tem profissional. As próprias empresas acabam capacitando os trabalhadores para esta função devido ao grande número de estações de tratamento na cidade”. Atualmente, a cidade oferece a quase 50% do esgoto tratado e a intenção é chegar a 100%.
Algumas preocupações foram apontadas pelos representantes da prefeitura durante a reunião. A nomenclatura dos cursos foi uma delas. “Pode ser de difícil entendimento ao aluno. O grande desafio é colocar na cabeça dele que aquele curso que ele não sabe o que é, tem vaga no mercado, e o que parece popular está sobrecarregado”, disse Adriana. A forma que será adotada para o ingresso dos estudantes e os locais onde os cursos serão ofertados também podem ser fatores negativos.
Segundo Eliane, após a formalização da parceria, o próximo passo será a adequação da Matriz Curricular da EJA aos Projeto Pedagógicos dos cursos. As formas de ingresso serão tratadas diretamente com a Secretaria Municipal de Educação. “Temos que pensar em reduzir todas as dificuldades para que o aluno permaneça na escola. Eliminar ou, pelo menos, minimizar os fatores negativos, para que ele tenha mais interesse e condições de fazer o curso”.
Assessoria de Comunicação
Projeto EJA-EPT